Teve, por Unidade mobilizadora, o Regimento de Artilharia Ligeira 1, de Lisboa. Constituído por três Companhias operacionais e uma de comando e serviços - C.ART 738, C.ART 739, C.ART 740 e CCS - desembarcou em Luanda no dia 18 de Janeiro de 1965. Regressou à Metrópole em 1967, aportando ao cais da Rocha do Conde de Óbidos a 9 de Março.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A Visita de SEXA e os golos do Eusébio

Encontrando-se de visita a Angola, o Subsecretário de Estado do Fomento Ultramarino incluiu no seu périplo uma viagem ao Quanza-Sul, tendo-se deslocado, em 23 de Julho de 1966, à Gabela, Boa Entrada e Novo Redondo, acompanhado pelo Governador Geral de Angola, bem como pelo pelo Governador daquela Província, entre outras entidades.

Coube-me a tarefa de proceder à segurança da comitiva enquanto estivesse na zona de intervenção da CART 738, e lá fui com a minha secção, reforçada, em cumprimento da missão.

Tudo corria normalmente, até que, na visita às instalações de descasque de café da CADA (para quem não saiba era, à época, uma das maiores companhias agrícolas do Mundo), na Boa Entrada, aconteceu o imprevisto.

Naquela data, e na mesma hora em que se realizava a visita, disputava-se em Inglaterra o jogo Portugal-Coreia do Norte, a contar para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo, que estava a correr mal para as nossas cores. Decorridos 25 minutos, Portugal perdia por 3-0.

Achei que nada de mal aconteceria às ilustres figuras lá dentro e, depois de dar uma olhadela, saí, ficando à porta na companhia de um grupo que, rodeando o portador de um rádio, ouvia ansiosamente o relato. Eis senão quando, Eusébio “abre o livro” e, dando início a uma exibição de luxo, marca o primeiro dos seus 4 golos que, com mais um de José Augusto,
  acabariam por inverter o resultado. Como estarão recordados, ganhámos por 5-3.

Mas o insólito aconteceu quando Eusébio marcou o terceiro golo de Portugal. Cá fora, começámos a ouvir uma enorme gritaria dentro das instalações.

Interroguei-me sobre o que estaria acontecendo e entrei rapidamente para identificar a razão de tanto alarido. O que tinha acontecido é que a solenidade que até aí tinha presidido à visita, tinha desaparecido. Toda aquela gente, que minutos antes estava sisuda e cheia de cerimónias, pulava e gritava, trocando abraços.

Tudo isto, porque lá dentro alguém tinha ligado um pequeno transístor, e embora o som estivesse baixo, foi tal o seu entusiasmo com o golo do empate, que não resistiu a gritar “golo de Portugal!”.

E aí acabou a visita à Boa Entrada. Todas aquelas ilustres personalidades ficaram ali, parados, a ouvir o resto do relato,  até terminar o desafio.

"Entregue" a comitiva no limite da zona, aos militares de Novo Redondo, voltei para a Gabela, onde , entretanto, se tinha formado um extenso cortejo automóvel, com buzinadelas, cânticos, enfim, uma festa. Mandando às urtigas o RDM, incorporámos a viatura militar no cortejo e lá andámos, para trás e para a frente, o que me valeria uma forte repreensão, que incluiu a ameaça do “auto das passas” (*) por parte do comandante da Companhia, mas que, confesso, pouca mossa me fez face à excitação dos acontecimentos daquele dia.

Aliás, a noite acabaria em festa, na casa do civil Zeca Reais (bom amigo, já falecido), onde eu e outros camaradas, o ajudámos a ver-se livre de alguns saborosos petiscos, acompanhados de uma garrafa de um excelente “chá” da Escócia.

 

(*) O “auto das passas” tem a ver com uma estória de Lucunga, que talvez ainda conte aqui, noutra ocasião.

 

Carlos Ribeiro da Fonseca

CART 738

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

JORNAL DO BART

Comemoramos, este ano, o 42º. aniversário do nosso regresso, realizando, pela 23ª. vez, um almoço-convívio.

Ao longo dos anos e por mais do que uma vez, procurámos alguém que nos quisesse susbtituir na organização dos convívios.

Não houve voluntários. Todos nos diziam que assim estava excelente e que continuássemos. Acabámos por nos habituar e, em boa verdade, custar-nos-ia, hoje, passar sem todo este trabalho, sem toda esta azáfama. Prometemos a nós mesmos realizar sempre esta tarefa enquanto tivéssemos saúde para tal.

Felizmente e àparte pequenos problemas, não temos tido grandes razões de queixa. E, por isso, aqui estamos de novo, mais uma vez e com a vontade de sempre, a realizar mais um convívio.

A organização regressa, este ano, às Caldas das Rainha.

Decorria, ainda, o mês de Dezembro e recebemos uma carta, através da qual tomámos conhecimento de que o sr. Horácio, que foi o dono de “O Aviário”, havia criado este “Salão Milénio”. Contactámo-lo e foi-nos prometido um serviço de muita qualidade, razão pela qual acabámos por marcar a realização do convívio neste novo espaço.

Tivemos, mais tarde, vários contactos de camaradas nossos com indicações de espaços agradáveis (por curiosidade, referimos o Restaurante da Ponte d’Asseca, que reabriu, remodelado), mas, em virtude do nosso anterior compromisso, não pudemos aceitar as sugestões.

As indicações ficam registadas. Em anos futuros, tendo sempre em conta a nossa preocupação de diversificação, não deixaremos de considerar convenientemente todas as sugestões comunicadas.

Extracto do JORNAL DO BART


domingo, 8 de fevereiro de 2009

Os "resistentes" da Cart 739, em 2008


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CONFRATERNIZAÇÃO 2009


ALMOÇO-CONVÍVIO

Caro amigo:

                               No próximo dia 7 de Março (Sábado), pelas 13 horas, realizar-se-á, como vem sendo habitual todos os anos, mais um almoço-convívio, desta vez o 23º., em comemoração do 42º. aniversário do regresso do BATALHÃO 741.

LOCAL :

RESTAURANTE "SALÃO MILÉNIO"

(Anexo ao Caldas Internacional Hotel)

Rua Dr. Artur Figueirôa, 45 – Caldas da Rainha

 

MUITO IMPORTANTE:

PARA QUE TUDO CORRA PELO MELHOR, É PRECISO SABER--SE COM ANTECEDÊNCIA O

NÚMERO DE PRESENÇAS

 

UM SIMPLES TELEFONEMA, LOGO QUE POSSÍVEL, É QUANTO É PRECISO

 NÃO MANDEM DINHEIRO

O PAGAMENTO SERÁ FEITO NO LOCAL


 CONTACTOS:

 J M SILVA PEREIRA

RUA DIOGO CÃO, 1115

4200-262 PORTO

Telef 225023252 (após as 20 horas) -Telem 964732691 - correio-e: jmsilvapereira@sapo.pt