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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bom Ano


2014
Votos de que o ano de 2014 seja, de facto, melhor do que foi o de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS

SANTO NATAL
Aqui deixo ficar, aos meus visitantes, os meus melhores votos de um Santo Natal especialmente a todos quantos serviram no Batalhão de Artilharia 741 

domingo, 1 de dezembro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Soldado Artur Dias dos Santos! Presente!

 Artur Dias dos Santos, o "Palhaço"
47º. Aniversário da sua morte em combate, no Leste de Angola

Em verdade, só morremos verdadeiramente quando já ninguém nos recorda!

Ainda no Tôto: O "Palhaço" como guarda-redes da equipa de futebol do 4º.G.C.

"In Memoriam"
Uma velha canção militar alemã "Ich hatt einen Kameraden" (Eu tinha um camarada)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

General Silvino Silvério Marques

Faleceu no pretérito dia 1 de Outubro, aos 95 anos de uma vida cheia e com lustre
Blogue: O Adamastorcom a devida vénia
(Composição fotográfica retirada do Jornal "O Diabo")

sábado, 5 de outubro de 2013

5 DE OUTUBRO DE 1143

Tratado de Zamora

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de Outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Este dia é feriado nacional suspenso em Portugal.

Em Zamora, revogou-se o anterior Tratado de Tui datado de 1137. 

Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, Dom João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.

Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser Reino, tendo D. Afonso Henriques como seu "rex" (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela se considerava imperador de toda a Hispânia. Contudo nunca D. Afonso Henriques prestou vassalagem a ele, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.

A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de "rex", que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.

A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro.

As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.

Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum"; neste documento o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem directa, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores directos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.
Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 10 de junho de 2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

In Memoriam - António Ramalho Pedro Serrador

Faleceu, no passado dia 13 de Abril, o Serrador, que foi Furriel Miliciano Mecânico da CArt 739. A triste notícia foi-me comunicada pelo AlfMilSap António Relvas, ambos residentes no Distrito de Coimbra.

Somente conheci o Serrador quando cheguei ao Tôto. Como especialista que era, chegara ao Batalhão apenas aquando da I.A.O., juntamente com as praças que compunham a sua equipa (condutores, mecânicos, desempanadores, etc.). E, como já tenho referido, a I.A.O. decorreu no período em que estive internado no Hospital Militar do Porto.

Foi o Furriel especialista com quem melhor me relacionei. Não necessariamente por razões  que tivessem a ver com as respectivas actividades, mas pelo facto trivial de lhe ter sido distribuído um quarto, junto à Porta de Armas, onde, além dele e salvo erro, dormiam também mais dois Furriéis, um dos quais, o Ventura, que era do meu Grupo de Combate. O Ventura, de quem, aliás, o Serrador se tornou muito amigo. passou alguns meses em extrema depressão. Durante esse tempo, o Serrador suportou, com paciência única o constante mau-humor do Ventura, os seus achaques de desespero e de desesperança. Foi um grande e belo exemplo de amizade e de camaradagem!

Recordo que, quando nos deslocámos para o Centro, foi com o meu Pelotão ao Mussende receber o material auto, e isto depois de uma estafante viagem que culminou, ainda nesse dia - ou, melhor, noite e já adiantada... - com o regresso ao Calulo.

Desmobilizados, passaram-se muitos anos até voltar a vê-lo. Nas minhas andanças a estabelecer contactos para a organização das confraternizações, fui descobri-lo  num  pequena terra, ali, entre Coimbra e a Figueira da Foz. Consegui arrastá-lo para a confraternização do ano seguinte, com a promessa de fazê-lo encontrar-se com o seu velho amigo Ventura, que ele nunca mais vira desde que desembarcara. E assim aconteceu, num comovente encontro de velhos camaradas.

Após algumas presenças anuais, deixou de comparecer, apesar da omnipresente carta-convite que nunca deixei de enviar.

Deus lhe dê o Eterno Descanso!
VETERANO

sábado, 27 de abril de 2013

CCS - Pelotão de Reconhecimento de Infantaria

Uns poucos dias antes da última confraternização do BArt 741 recebi um mail do Cel. Nuno Anselmo, remetendo-me a digitalização de um documento extraordinariamente interessante: uma ordem de operações dada por aquele Camarada - na altura, um jovem Alferes de Artilharia - ao pessoal que constituía o seu Pelotão de Reconhecimento de Infantaria.

Como, por aqueles dias, andava muito ocupado com a organização da confraternização, prometi publicar o documento na primeira oportunidade que viesse, posteriormente, a ter.

Chegou hoje esse dia.

Deixemos, agora, a palavra ao Cel Nuno Anselmo:
Este documento diz respeito, talvez a uma das primeiras operações que o PELREC fez dos primeiros dias - 2MAR65 - ( curiosamente faz amanhã 48 anos ) e para a qual recebeu uma missão concreta - Montar uma emboscada na noite de 2/3 MAR65 e fazer reconhecimento apeado na margem sul do rio Loge.
Algumas vezes recebi a missão de ir a um determinado local fazer um reconhecimento apeado e o mesmo local era indicado colocando a mão aberta em cima de uma carta na brilhante escala de 1 / 250.000 !!! Também diga-se de passagem, as informações que tínhamos não permitiam outra indicação mais concreta.Alguém tinha visto num reconhecimento aéreo umas cubatas e lavras para aqueles lados...
Enfim como diria alguém : “ Malhas que o Império tece “.
Uma leitura um bocado cuidada do documento ( escrito por mim à mão dado que naquela altura, naquele local e com aquelas condições outra coisa não era possível ), pode dar uma indicação como eram dadas as instruções antes da saída ao pessoal do PelRec. Como já tive ocasião de afirmar em documento anterior que escrevi sobre o nosso saudoso CMDT T.Cor Cabrita Gil, o pouco que aprendi sobre como Comandar pessoal em operações militares, foi em Lamego no curso de Operações Especiais.
Este documento expressa o que me foi ensinado e como transmiti-lo ao pessoal.

Surpreendeu-me o facto do Nuno Anselmo se ter dado ao trabalho de escrever, de modo tão completo e exaustivo, aquela ordem de operações, que, a seguir, reproduzo:
  


Era, de facto assim, que nos ensinavam na Escola Prática de Infantaria. Infelizmente, e no que a mim respeita, os documentos dessa época que, por uma razão ou por outra, decidi conservar quando passei à vida civil, desapareceram-me há já muitos anos, penso eu que roubados de uma casa de campo, onde os tinha guardado. O que o ladrão lucrou com isso, não faço a menor ideia, mas eu perdi um manancial de memórias impossível de reconstituir.  

J. Silva Pereira

sábado, 16 de março de 2013

Soldado Manuel Sousa Pinto! PRESENTE!


Faz hoje 48 anos que faleceu, algures no Norte de Angola, o Soldado Atirador de Infantaria 

Manuel Sousa Pinto

 que fazia parte do 4º. Grupo de Combate da CArt 739.
"Em verdade, só morremos verdadeiramente quando já ninguém nos recorda"

"In Memoriam"
Uma velha canção militar alemã "Ich hatt' einen Kameraden" (Eu tinha um camarada...)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Confraternização do Batalhão de Artilharia 741

Conforme estava anunciado, realizou-se, no passado dia 9 do corrente - dia em que, exactamente, perfazíamos 46 anos que aportámos a Lisboa - o 27º. Convívio dos elementos que constituíram o Batalhão de Artilharia 741.
A Confraternização realizou-se na Quinta dos Loridos (Budha Eden Park), nas proximidades do Bombarral e contou com a presença de 104 ex-combatentes, muitos dos quais acompanhados de familiares. Procurou-se proporcionar um dia agradável a todos quantos se deslocaram, alguns vindos mesmo de bastante longe. 
Graças à colaboração do Armindo Matias, residente nas Caldas da Rainha, conseguimos, à última da hora, que fosse rezada Missa por alma dos Camaradas falecidos no Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, pelas 11 horas da manhã.
Voltámos a lembrar os Camaradas falecidos, a meio da tarde, com alguns segundos de silêncio antes de, em coro mais ou menos "desafinado", cantarmos os "Parabéns" por mais este aniversário.

Para memória futura, aqui ficam as fotos dos "indefectiveis" das quatro Companhias que constituíam o Batalhão (como é hábito, em "desorganizações" como esta, alguns camaradas não se "apresentaram à chamada" para as fotos de grupo, pelo que, para além dos aqui documentados, outros mais havia) 
CArt 738
CArt 739
CArt 740
CCS
VETERANO

PS 1 - Não posso deixar de referir os magníficos postais (este, este e ainda este e mais este) colocados pelo meu excelente camarada Carlos Fonseca, no seu blogue, a propósito desta confraternização. 

PS 2 - A título de curiosidade, apresento um gráfico relativo às presenças de ex-combatentes, nos últimos 5 convívios:

V.

sexta-feira, 1 de março de 2013

In Memoriam - Cap Art José do Lago Queirós

Fomos hoje surpreendidos com mais uma triste notícia: a do falecimento, no dia de ontem, 28 de Fevereiro, do Cap José do Lago Queirós, que pertenceu à CArt 740. A má nova foi-nos transmitida pelo Júlio Duarte, seu camarada da mesma Companhia e seu vizinho.

Que Deus lhe dê o eterno descanso!

Do CelArt. Nuno Anselmo recebemos o seguinte texto, que nos apressamos a publicar:

Esta notícia deixa-me muito triste, pois considero que o capitão Queirós, para além de fazer o favor de ser meu amigo, foi o meu primeiro e principal professor, na vida militar, na área administrativa.

Lembro-me perfeitamente, como se fosse hoje, das enormes dificuldades que na altura sentia quando me foi dada a missão, embora ainda Alferes, de ir comandar a CART 740. Coloquei essas enormes dificuldades, pessoalmente ao então Comandante da Região Militar de Angola, General José Eduardo Reverendo da Conceição, quando visitou a sede do Batalhão em Junho ou Julho de 1965 e na véspera de ir para a CART 740, ao Comandante do Batalhão. Ambos não só não me deram qualquer apoio como ainda me disseram que tinham outras preocupações e eu assim que fosse o Comandante da companhia era como se fosse um capitão…

Quando após a partida do capitão Amaro, fiquei a comandar a CART 740 a primeira conversa que tive com o então 1º Sargento Queirós foi mais ou menos nestes termos: 

         "Queirós quanto à parte operacional eu não tenho qualquer problema e como tal tudo irá decorrer como até então, agora quanto à parte administrativa eu não sei nada, pois nada me tinha sido ensinado até então e o Queirós terá que me ensinar e ambos iremos cumprir a nossa missão".

A receptividade do Queirós a este me pedido e desabafo, contrastou gritantemente com a frieza para não dizer desprezo dos meus superiores perante a situação. Não só se disponibilizou de imediato, como SEMPRE se empenhou em pleno na sua nova tarefa durante o resto da comissão e todos os problemas administrativos foram resolvidos sem qualquer problema. Para além disto ainda me ensinou (e muito bem) a interessar-me e gostar de saber o modo como daí em diante deveria começar a estudar os assuntos da área administrativa.

Ao longo da minha vida militar foram muitos os momentos em que me lembrei do meu grande amigo e professor Queirós e que o elogiei . Julgo que lhe mostrei pessoalmente durante os nossos convívios esta minha gratidão, mas sinto que lhe deveria ter dito mais vezes e com maior ênfase este incomensurável agradecimento. Deus sabe quanto lhe estou reconhecido e o muito que lhe agradeci e ainda agradeço.

Que descanse em paz pois deixou neste mundo muitos amigos!
Carnaxide 2MAR2013
Nuno G.C. Anselmo
Alf/Ten/ Cap CART 740

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Soldado João Grilo Moreira! PRESENTE!


Faz hoje 48 anos que faleceu em combate, algures no Norte de Angola, o Soldado Atirador de Infantaria 

João Grilo Moreira

 que fazia parte do 1º. Grupo de Combate da CArt 739.
"Em verdade, só morremos verdadeiramente quando já ninguém nos recorda"

"In Memoriam"
Uma velha canção militar alemã "Ich hatt' einen Kameraden" (Eu tinha um camarada...)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Confraternização de 2013

BART 741

ALMOÇO-CONVÍVIO

No próximo dia 9 de Março (Sábado), pelas 13 horas, realizar-se-á, como vem sendo habitual todos os anos, mais um almoço-convívio, desta vez o 27º., em comemoração do 46º. aniversário do regresso do BATALHÃO 741.

LOCAL:
BUDDHA EDEN - QUINTA DOS LORIDOS Carvalhal – 2540-480 BOMBARRAL – Telf.: 262605240
Organização do Restaurante A Lareira, das Caldas da Rainha

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JORNAL DO BART 741
POUCOS QUANTO FORTES
Nº. 17 - 1 de Fevereiro de 2013
EDIÇÃO: SILVA PEREIRA
O ANO PASSADO 
Foi na Casa S. Nuno, em Fátima, quase a pedido de Camaradas nossos que, propositadamente do Canadá, se deslocaram a Portugal. Independentemente desse facto, pensámos que valeu bem a pena! A opção foi bem acolhida e o número de presenças excedeu as nossas expectativas. Com certeza e em breve, regressaremos a Fátima.

PORQUÊ NO BUDDA EDEN ? 
Pretendíamos regressar às Caldas da Rainha, ao Millenium, no seguimento de um compromisso assumido em 2011. Fomos surpreendidos com esta oferta, feita pelo Restaurante “A Lareira”, igualmente das Caldas da Rainha, onde estivemos em 2007, aliás, com o agrado da generalidade dos presentes. O Buddha Éden situa-se na Quinta dos Loridos, próxima do Bombarral e foi um espaço idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan. Pretende-se que o espaço seja um lugar de reconciliação, aberto a todos.

IN MEMORIAM
Com profunda consternação comunicamos o falecimento, no passado dia 2 de Agosto de 2012, do nosso muito estimado Cel. Fernando Mira, que foi Comandante da CArt 739, desde os tempos do RAL 1, até quase ao final da permanência no Tôto.
O Cel. Mira, na Confraternização de 2012, aqui com o organizador do convívio
Recentemente, recebemos um telefonema de uma familiar do nosso Camarada, também da CArt 739, José Joaquim Martins, o “Cabrela”, comunicando-nos, também, o seu falecimento.

Paz às suas almas!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Batalhão e as Flâmulas. O Museu da Escola Prática de Artilharia

 
No passado dia 12 de Outubro de 2012, o actual Comandante da EPA ( Escola Pratica de Artilharia ), em Vendas Novas, em boa hora resolveu juntar os Oficiais que há 50 anos iniciaram o tirocínio para oficial de artilharia ( 1962-1963 ), no qual eu me incluía , com os que iniciaram o mesmo tirocínio este ano ( 2012- 2013 ). Passámos como era de esperar uns momentos muito agradáveis, recordando a nossa juventude ( o que sofremos na preparação para a guerra e também os momentos agradáveis que então vivemos pois ainda éramos uns jovens cheios de ideais ) e confraternizando com os actuais tirocinantes (homens e mulheres ), que julgo que também ainda mantêm alguns ideais... (mau era se não os tivessem).

Constava do programa uma visita às actuais instalações da EPA, onde há 50 anos iniciáramos o nosso ingresso como oficiais do Exercito Português. Um dos locais visitados foi o Museu actualmente existente ( na época o local tinha outro aproveitamento ). Qual não foi o meu espanto quando verifiquei que entre os vários objectos expostos estavam materiais, que para a mim e também para todo o pessoal que fez parte, do nosso do B ART 741, nos dizem algo, para além de se manterem muito bem conservados e já lá vão uns 45 anos que regressámos. Os materiais a que me refiro são as Flâmulas das 4 Companhias do Batalhão e o molde da insígnia da CART 740 ( a CART que comandei a seguir ao Cap. Amaro), que nós na companhia fizemos várias cópias em cimento e que fomos espalhando na 2ª parte da comissão, na nossa Zona de Acção ( Cela, Quibala, Mussende e na parte final também Calulo ).

Lembrei-me, entretanto, que não me apercebi da existência, lá no museu, do Guião (fundo em preto ) do Batalhão – B ART 741 – que eu fui em várias cerimónias o porta guião, como Alferes que era do Quadro Permanente. Vou tentar saber algo sobre isso e logo que saiba faço chegar-te notícias.

Agora uma explicação para a presença de tais objectos do BART 741 na EPA em Vendas Novas. Como todos sabem a unidade mobilizadora do BART 741, foi o RAL Nº 1 , que depois se transformou em RALIS, voltou a RAL Nº1 e que numa das últimas reorganizações do Exercito Português, acabou por ser extinto. Isto, apesar de ser umas das primeiras unidades a serem criadas em Portugal, na sequência da organização inicial do exército em Portugal, no reinado de D. José e realizada pelo famoso Frederico Guilherme Ernesto de Schaumburg-Lippe) e conhecido em Portugal como Conde de Lippe (em virtude de ser conde reinante de Schaumburg-Lippe), que aceitou, em Julho de 1762, o encargo de reorganizador das forças portuguesas e de as preparar para a guerra.
 

Sempre que uma unidade militar é extinta é nomeada outra para assumir o encargo de ser herdeira de toda a sua história. A EPA foi a unidade nomeada para ser herdeira do RALIS, razão pela qual os guiões, flâmulas e insígnias se encontram naquela unidade. Quando nós desembarcámos em Lisboa a 9 de Março de 1967, desmobilizámos no RAL Nº 1 e lá deixámos diversos materiais e documentos e também o Guião e as Flâmulas. A insígnia da CART 740, guardei-a para recordação para o resto da minha vida. Como era ainda muito jovem e essa temática da história ainda me dizia pouco e porque mais ninguém da Companhia mostrou interesse, guardei-a ( em boa hora digo agora ).

Há cerca de pouco mais de 20 anos e ainda estava no activo, fui ao RALIS em serviço e vi que a Unidade tinha criado um museu, onde lá se encontravam vários objectos de algumas das Unidades ( Batalhões, Companhias etc) que tinham sido mobilizadas pelo RAL Nº 1. Como gostei do museu que vi, já era menos jovem, já estava mais sensibilizado para a história e porque era amigo pessoal do então Comandante, resolvi, em boa hora, entregar a insígnia da CART 740, que tinha em meu poder, à unidade para que pudesse fazer parte, também, do acervo do museu. Como eu e o RALIS conservámos em boas condições, a insígnia da CART 740 a EPA achou que a mesma era digna de ser exposta em local nobre , na antecâmara da sua Sala de Oficiais, rodeada pelas insígnias de 2 Unidades de Artilharia Estrangeiras com as quais manteve ou mantém contactos. Pelo aspecto da foto anexa pode ser constatado o seu estado de conservação.
Nuno Anselmo (Coronel de Artilharia)

Post Scriptum - Acabei, há poucos momentos, de receber um mail do Cel. Nuno Anselmo que foi, como se sabe, um dos Comandantes que passaram pela CArt 740 (depois de ter sido Comandante do Pelotão de Reconhecimento de Infantaria, da CCS). Tão interessante o achei que resolvi "transformá-lo" num postal e publicá-lo no nosso Blogue.
O Anselmo, com certeza, não deixará de me perdoar por um ou dois cortes feitos no seu mail, que tiveram a única finalidade de dar ao texto as características de postal.
VETERANO