tag:blogger.com,1999:blog-8082665688553057038.post2845452381875039869..comments2022-03-24T07:50:58.463+00:00Comments on BATALHÃO DE ARTILHARIA 741: Norte - Nomadização na AIL - Encontro AcidentalVETERANOhttp://www.blogger.com/profile/17805610950962998106noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8082665688553057038.post-53742586003898853782011-09-27T10:58:19.870+01:002011-09-27T10:58:19.870+01:00Caro Carlos Fonseca:
Apressei-me a colocar o seu ...Caro Carlos Fonseca:<br /><br />Apressei-me a colocar o seu comentário, com a intenção de aproveitá-lo como pretexto para uma breve "conversa escrita". Não o pude fazer imediatamente, mas julgo que ainda vai a tempo.<br />Sim, de facto, situações bizarras como estas não devem faltar. Aliás, lembrei-me de uma outra que guardo para futuro postal, que não fica atrás destas em bizarria.<br />No que respeita à premente necessidade de água, julgo que, apesar do risco, era extraordinariamente difícil aguardar aquela meia hora. Na maior parte das vezes não se esperava tanto tempo e este facto foi o "leitmotiv" de ter alterado o "estilo" da nomadização, com desvios frequentes às matas onde, supostamente, existiria água corrente.<br />Da generalidade da tropa, apenas o nosso SoldEnfermeiro (ou Maqueiro?) Manuel, que está numa das fotos, tinha a capacidade de resistir à sede - dizia ele por ter sido pastor na vida civil - tendo muitas vezes cedido-a do seu cantil a camaradas mais desesperados, como, por exemplo e precisamente, o João Mouga (um dos que mais sofria com a falta de água).<br /><br />Uma vez mais, gratíssimo pelos seus comentários.<br /><br />Um abraço do<br />Silva PereiraVETERANOhttps://www.blogger.com/profile/17805610950962998106noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8082665688553057038.post-32862028881278715322011-09-24T16:53:44.621+01:002011-09-24T16:53:44.621+01:00A história do seu encontro inesperado, tem algumas...A história do seu encontro inesperado, tem algumas semelhanças com outro em que interveio o 2º pelotão (ou "grupo de combate", como também era designado, à laia de incentivo psicológico) da CArt 738, e de que não fui interveniente (pertencia ao 1º pelotão).<br /><br />Pouco depois de termos chegado a Lucunga, "fizemos", de forma um tanto tosca, uma picada que, da estrada Lucunga/Chimacongo, nos levava até às imdediações da margem direita do rio Coji.<br /><br />Tempos depois, ao saírem de uma curva dessa picada, os militares do referido pelotão viram-se frente a frente com um grupo de turras - provavelmente carregadores desarmados, na sua maioria, como era frequente naquela zona, onde passava aquilo a que chamávamos a "pista internacional do Congo".<br /><br />Ao que me contaram, perante a surpresa, os dois grupos opositores ficaram sem reacção, especados, a olharem-se mutuamente.<br /><br />Quando os nossos reagiram, alguns segundos depois, já todos os turras se tinham escapulido, escondidos pelo capim, sem que a batida que se iniciou de seguida tivesse dado qualquer resultado.<br /><br />As nossas guerras também tinham, volta e meia, destes episódios bizarros.<br /><br />Quanto à água, ou à falta dela, chegámos a encher os cantis em charcos onde iam beber os animais (e fazer sabe-se lá mais o quê). Meia hora depois de colocarmos lá dentro as duas pílulas milagrosas, nem dávamos pelo sabor estranho. Matava a sede e não nos matava, o que naquela altura era o bastante.<br /><br />P.S. - Se bem me lembro o Mouga gostava de fotografia, e de vez em quando, se me apanhava no Toto, gostava de me explicar as suas teorias.<br /><br />E, já agora, não só teorias fotográficas. Ele era muito teórico, o que às vezes não lhe fazia bem.<br /><br />Um abraço do<br /><br />Carlos FonsecaCarlos Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/07170859748385233953noreply@blogger.com