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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Rex, o Cão de Guerra

O cão de guerra "Rex" e o autor do blogue

A "Operação Confirmação", tanto quanto me lembro, teve subjacente a intenção de limpar de elementos hostis toda a área da AIL que a CArt 739 recebeu quando se instalou no quartel do Tôto. Durante um número razoável de meses foram constantes os patrulhamentos a nível de Grupo de Combate, por vezes mesmo, a nível de 2 Grupos de Combate operando em conjunto.

Foi-nos cedida uma Secção de Cães de Guerra, composta, salvo erro, por 4 ou 5 cães e respectivos tratadores. Foi com naturalidade que cada conjunto se adaptou, melhor ou pior, a um dos 4 GC. O Rex, passou a sair, habitualmente, com o meu GC (ou mesmo com os pequenos grupos em que o GC se desdobrava), havendo sido de grande utilidade, em várias ocasiões.

Quero referir um curioso episódio de que este cão foi protagonista. Um dia, tivemos de fazer a travessia de um rio por uma “ponte” que não passava de um enorme tronco de árvore, habilmente tombado entre as duas margens. Passávamos em fila indiana, após as necessárias precauções de segurança. Com a tropa, passou também o tratador. O cão, que vinha solto, pretendeu segui-lo mas, a determinada altura do percurso, atemorizou-se e escarrapachando-se no tronco recusou continuar, apesar dos chamamentos do tratador. Começou a ganir de aflição, mas a verdade é que não se movia. Julgo que o tratador não sabia muito bem como resolver o problema. Acabei, eu próprio, por fazê-lo. Caminhando ao encontro do animal e, sentando-me no tronco, puxei-o para mim, segurando-o pelas patas dianteiras. Repetindo este movimento, fui recuando até atingir a margem do rio. A alegria do cão, mal se viu em terra firme, foi digna de registo e, em jeito de agradecimento, sempre que me via, manifestava a sua satisfação.
VETERANO

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