Chamou-se “Operação Confirmação” e foi planeada e executada pela CArt 739.
Aquando da chegada à Zona de Intervenção Norte (ZIN) e distribuídas que foram as diversas Companhias pelas respectivas áreas de quadrícula, a CArt 739 recebeu, por acréscimo, uma AIL, isto é, uma Área de Intervenção Livre.
As AIL eram grandes zonas ainda não batidas pela tropa de Infantaria e atribuídas à Força Aérea que, de conformidade com o seu próprio planeamento, desencadeava algumas acções de flagelação, sobretudo bombardeamentos. A partir do momento da atribuição, a Força Aérea deixava de intervir e a responsabilidade passava para a tropa que recebera a área em causa.
A “Operação Confirmação” resultou num enorme esforço para dois Grupos de Combate – julgo que, com o GC que eu comandava esteve também o 2º. GC, embora não tenha a certeza – que se mantiveram acampados em base avançada mais de um mês. Da base saíam, num ritmo muito elevado, vários pequenos grupos de militares, por vezes com o apoio de uma pequena unidade de cães de guerra que fora deslocada para o Tôto. Estes pequenos grupos nomadizavam um ou dois dias, não mais, e regressavam. Sempre que possível e se o luar permitia alguma visibilidade nocturna, operava-se de noite.
Permito-me aqui dizer que, contrariamente ao que, geralmente, se vê no cinema, a nomadização em zonas de floresta, nas noites sem Lua, é muitíssimo difícil. Nada se vê, atrapalhámo-nos uns aos outros e só por acaso se estabelece qualquer contacto com o IN, porquanto, na situação referida e noutras semelhantes, não nos conseguimos aperceber onde ele se encontra. Pelo contrário, no período entre os Quartos Crescente e Minguante, a progressão é possível, pode-se andar mantendo o silêncio, o calor não nos apoquenta e as dificuldades de visão existem em iguais circunstâncias para ambos os lados.
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