Num já longínquo dia de Setembro de 1964, apresentei-me no Regimento de Artilharia Ligeira 1, na Encarnação, em Lisboa. Fora mobilizado para servir no Ultramar e aquela era a Unidade onde se constituiria o Batalhão de Artilharia 741, do qual passei a fazer parte.
Alguns conhecidos apresentaram-se também. Afinal, todos tínhamos sido Cadetes na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, e era natural que, por lá, nos tivéssemos já cruzado. Ou, então, nalguma das várias Unidades por onde passáramos, dando instrução.
O inusitado da situação era, antes, a circunstância dos oficiais superiores pertencerem, todos eles, à Arma da Artilharia – daí a mobilização pelo RAL 1 – Arma a que éramos totalmente alheios, já que, todos nós, éramos infantes.
Na Messe, algum tempo mais tarde, fomos convidados a escolher os nossos comandantes de Companhia, isto é, os nossos Capitães. A sugestão partiu do 2º. Comandante do Batalhão, o então Major José Francisco Soares (o Comandante, Tenente-Coronel Cabrita Gil, encontrava-se no Ultramar). Não conhecendo ninguém, escolhi, se bem me lembro por nenhuma razão especial, a CART 739, comandada pelo Capitão Fernando Mira. Igual decisão tiveram os meus camaradas António Augusto, Guilherme Barreira e Eduardo Palaio.
Foram-nos, depois, indicados os Sargentos e os futuros Furriéis com quem iríamos trabalhar e, mais tarde, foi-nos confiado um numeroso grupo de jovens, oriundos dos mais variados pontos do País, para que os treinássemos e os preparássemos para a vida que iriam viver nos próximos dois anos. Eram os nossos Soldados.
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