Grupo de Oficiais da CArt 738 e da CArt 739 presentes no AM 2, do Tôto, na despedida dos CapArt Ruby Marques e Mira
Este postal do camarada e Amigo Carlos Fonseca suscitou controvérsia, não pelo conteúdo em si (velhos combatentes não são, propriamente, frades), mas pela discordância quanto à data em que os factos ocorreram. Alguns comentários apontam como referência a presença ou a ausência do CapArt (actualmente Coronel na reforma) Ruby Marques.
A verdade, e por mim falo, é que o relato dos acontecimentos se baseia, essencialmente, na memória que temos deles e, a quarenta e quatro anos de distância, há sempre elevada probabilidade de errarmos, sobretudo se, involuntariamente, os associarmos - a memória é muito traiçoeira - a outros acontecimentos que, aparentemente, lhes estão ligados mas que não ocorreram ao mesmo tempo.
Tenho porém a possibilidade de contribuir com alguma ajuda para a “resolução” da questão. Estou em posição de garantir o exacto dia em que o CapArt Ruby Marques deixou a CArt 738: foi no dia 23 de Novembro de 1965. Nesta data, quer o CapArt Ruby Marques, quer o CapArt Fernando Mira, embarcaram para as suas novas Unidades, no AM2, do Tôto, como documentam as fotos que acompanham este postal. Acresce que, por mera sorte, tenho em meu poder a Ordem de Serviço da CArt 739 referente ao dia anterior, dela constando a mensagem de despedida do seu Comandante.
Nestas circunstâncias, ou as “sessões de terapia” – ironia magistralmente utilizada pelo Carlos Fonseca – ocorreram numa ausência menor do CapArt Ruby Marques, eventualmente em Maio, como é referido, dando assim azo às “descomposturas” aos seus oficiais ou, então, somente após a data acima referida (mas aí não haveria reprimendas!). Acresce que o Fonseca, embora tivesse gozado férias em Novembro, escoltou, naquele mesmo mês (e não em Janeiro de 1966), mais precisamente no referido dia 23, o seu Comandante ao AM 2, do Tôto.
O Fagundes e o Fonseca, com o tempo, chegarão, com certeza, a um consenso.
VETERANO
CapArt Fernando Mira e Ruby Marques
PS – Parabéns, Carlos Fonseca! O texto está, o que se diz, uma maravilha!!
V.